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Vírus Mayaro (MAYV) – o que você precisa saber

O vírus Mayaro (MAYV) é um arbovírus que tem ganhado atenção no campo da saúde devido às suas semelhanças clínicas com doenças como Dengue e Chikungunya. Embora ainda pouco conhecido pela população em geral, esse vírus é responsável por surtos localizados nas regiões Norte e Centro-Oeste do Brasil, principalmente em áreas silvestres e rurais. Vamos explorar os principais aspectos dessa doença, incluindo os desafios relacionados ao diagnóstico.

O que é o vírus Mayaro?

O vírus Mayaro pertence à família Togaviridae, gênero Alphavirus, e foi identificado pela primeira vez em Trinidad, em 1954. No Brasil, o primeiro surto ocorreu em 1955, próximo a Belém (PA). A transmissão ocorre através da picada de mosquitos infectados, especialmente do gênero Haemagogus, que possuem hábitos diurnos e vivem nas copas das árvores.

O ciclo do vírus é predominantemente silvestre, envolvendo primatas como principais hospedeiros, e o homem como hospedeiro acidental ao frequentar áreas de mata. Embora o Aedes aegypti tenha mostrado competência vetorial em estudos, ainda não há confirmação de transmissão urbana sustentada.

Quais são os sintomas?

Os sintomas do vírus Mayaro são semelhantes aos de outras arboviroses:
Febre alta (39-40°C);
Dor de cabeça;
Dores musculares e articulares (artralgia);
Inchaço nas articulações;
Erupção cutânea (exantema);
Calafrios, dor retro-orbital, mal-estar, náuseas, e diarreia.
Esses sintomas geralmente aparecem de forma abrupta e podem persistir por até duas semanas. Em casos mais graves, o inchaço articular pode durar meses, comprometendo a qualidade de vida do paciente.

Desafios no diagnóstico

A semelhança dos sintomas do vírus Mayaro com outras doenças como Dengue, Chikungunya e Zika representa um grande desafio para o diagnóstico clínico. Isso reforça a importância de exames laboratoriais específicos, que incluem:
Isolamento viral;

Testes de biologia molecular (RT-PCR);
Sorologia para detecção de anticorpos.
Contudo, ainda não há uma ampla disponibilidade de testes específicos para Mayaro em laboratórios de rotina, dificultando o diagnóstico precoce e a vigilância epidemiológica. Este é um ponto que exige avanços na infraestrutura de diagnóstico e maior investimento em pesquisas.

Tratamento e prevenção

Atualmente, não existe tratamento específico ou vacina contra o vírus Mayaro. O manejo da doença é sintomático, com uso de analgésicos e anti-inflamatórios para alívio da dor e febre. Por isso, a prevenção é fundamental, especialmente para aqueles que vivem ou visitam áreas de risco. Medidas preventivas incluem:

Uso de roupas compridas e repelentes;
Instalação de mosquiteiros e cortinas;
Evitar exposição em áreas de mata durante o dia.
Embora o acesso a testes específicos ainda seja limitado, acompanhamos de perto os avanços na área de diagnósticos laboratoriais para apoiar uma resposta mais eficiente às arboviroses.

Além disso, promovemos conscientização e educação sobre doenças emergentes, ajudando a informar profissionais de saúde e a população em geral sobre os riscos e medidas de prevenção. Nosso objetivo é contribuir para um sistema de saúde mais preparado e eficaz.

Conclusão

O vírus Mayaro representa um desafio crescente para a saúde pública, especialmente em regiões endêmicas do Brasil. A falta de diagnóstico amplamente acessível e o desconhecimento sobre a doença reforçam a necessidade de educação e investimento em soluções diagnósticas. Na Master Diagnóstica, seguimos trabalhando para enfrentar esses desafios, contribuindo para um diagnóstico mais preciso e um atendimento de saúde mais eficaz.

Se você é um profissional de saúde ou tem interesse no tema, entre em contato conosco para saber mais sobre como podemos apoiar sua rotina clínica.

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